Quem acha que colocar o CPF somente nas notas de maior valor contribui para ampliar as chances de ganhar prêmios na campanha Nota Fiscal Amazonense (NFA), está enganado. Dados apresentados pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz/AM), durante a entrega simbólica dos cheques referentes ao sorteio especial, revelaram que 38% das notas sorteadas, ou seja, 8.124 tinham valores de até R$ 50,00.

Notas fiscais cujos valores oscilam entre R$ 50 e R$ 100 ganharam 4.095 prêmios e entre R$ 100 e R$ 200, 3.721 prêmios. Juntas, as três categorias de notas foram as responsáveis por injetar na conta bancária dos sorteados R$ 1.030.059,57.

“Muitas pessoas tem a falsa impressão de que só ganha quem compra um carro, uma televisão, um celular porque são bens de maior valor, logo, serão responsáveis pela geração de um maior número de bilhetes eletrônicos. Os prêmios diários de R$ 200 e R$ 1 mil são sorteados para notas fiscais de qualquer valor. Os prêmios mensais e especiais são direcionados para bilhetes, que equivalem cada um a compras somadas no valor de R$ 50. O lançamento do CPF na compra do pão para o café da manhã ou do lanche da tarde pode ser o responsável pela sorte”, explicou Augusto Bernardo Cecílio, coordenador da NFA.

Entrega dos cheques

Na manhã desta sexta-feira, 20, a coordenação da NFA realizou a entrega simbólica dos cheques referentes ao sorteio especial.  Ao som da bateria da escola de samba Andanças de Ciganos, do bairro da Cachoeirinha, o apresentador do programa Maskate na TV, Miguel Mourão entregou R$ 154 mil, sendo R$ 110 mil para cidadãos e R$ 44 mil para as entidades sociais, no Manaus Plaza Shopping.

Para o sorteio especial foram gerados 14.445.024 bilhetes eletrônicos para 184.877 consumidores que se cadastraram no portal da Nota Fiscal Amazonense, no endereço eletrônico: nfamazonense.sefaz.am.gov.br.

Concorreram notas processadas no período de 1º de julho a 31 de dezembro de 2016. Nesta edição que fechou o exercício de 2016, foram sorteados seis prêmios de R$ 5 mil, três prêmios de R$ 10 mil e um prêmio de R$ 50 mil. As entidades concorrem a prêmios a parte de 40% sobre o valor ganho pelo cidadão. 

Sonhos realizados

A professora Janeide Lavor, irmã da ganhadora de R$ 10 mil, Joseneide Lavor da Silva Maia, estava eufórica. “Minha irmã é enfermeira. Não pode comparecer porque desde que iniciou na profissão, há cerca de dois anos, está sempre trabalhando para comprar o primeiro carro. Com esse dinheiro, ela vai estar motorizada em breve”, comemorou.

A técnica de Patologia Clínica, Rose Mary Martins Gualberto não parava de sorrir das reviravoltas do destino. Há nove meses, ela teve dois aneurismas. Um se rompeu e a deixou em coma por 21 dias. No próximo dia 29 de janeiro, ela planejou comemorar ao lado das três filhas e de amigos sua festa de aniversário para celebrar a vida. “Eu queria agradecer com festa a nova chance que ganhei de viver, mas não sabia como fazer porque estava com dívidas. O prêmio foi uma dádiva”, agradeceu com um grande sorriso nos lábios e olhos brilhantes.

Para receber o dinheiro Rose Mary teve de fazer um ajuste nos dados informados à Sefaz/AM. Logo no inicio da campanha, ela ganhou R$ 50. Como os dados da conta bancária não estavam corretos, a Secretaria não conseguiu efetivar o depósito. Agora, a filha da técnica correu para fazer o ajuste e garantir os R$ 10 mil na conta.

“Esta situação não é incomum. Hoje, a Sefaz/AM tem no cadastro 1.564 ganhadores cujos dados não conferem. Não temos como creditar o prêmio. Se essas pessoas, não fizerem o ajuste em 90 dias após a data do sorteio, perdem o direito. Orientamos para que, semanalmente, as pessoas consultem sua conta na página da campanha, nfamazonense.sefaz.am.gov.br, recomendou Sérgio Figueiredo, chefe do Centro de Estudos Econômicos e Tributários da Sefaz/AM.

A Associação Amigos dos Autistas do Amazonas (AMA), situada no bairro Puraquequara, foi à instituição que recebeu o maior prêmio: R$ 20 mil.Diretores, professores, pais e alunos vibraram ao segurar o cheque gigante para as câmeras.

O aluno/monitor Gabriel Pereira de Souza pulava de alegria com o dinheiro que irá permitir a compra de novos fardamentos, a pintura do prédio e a compra de itens para a realização das aulas.

“No final do ano passado, a AMA foi assaltada. Os ladrões levaram muita coisa. Ainda não foi possível repor tudo, mas o prêmio da NFA é um bom começo para a retomada das atividades”, finalizou Marlete Silva de Souza, mãe de Gabriel.