O assistente técnico de engenharia José Geraldo Casanova Soeiro nunca compactuou com a sonegação de impostos. Ao longo dos 64 anos de idade pedia a nota fiscal rotineiramente porque possui a firme convicção de que um mundo melhor para todos se constrói reforçando as instituições sociais, que sobrevivem por meio da injeção de recursos provenientes dos impostos.

Como ele trabalha na usina hidrelétrica de Jatapu, localizada no município de Caroebe, Sul de Roraima divide-se entre parte do mês lá e o restante em casa, localizada no conjunto Campos Elísios, bairro Planalto, Zona Oeste. Quando a campanha Nota Fiscal Amazonense foi lançada, ele estava na usina. O filho Alessandro, que conhece e compartilha o hábito do pai de pedir a nota, tratou de inscrever os dois.

“Há muitos anos jogo na loteria sem sucesso. Fiquei surpreso e feliz quando me ligaram da Sefaz para me dizer que havia ganho R$ 20 mil. Vou poder completar o dinheiro para comprar um carro e dar um pouco para o meu filho que trabalha no Distrito Industrial e também para a minha filha Gisele, estudante de Designer. Veio em boa hora esse dinheiro”, comemorou.